O Ministério Público Federal em Governador Valadares denunciou 47 pessoas por crimes praticados contra o patrimônio público, entre eles, tráfico de influência, corrupção e fraude à licitação.
Os fatos foram descobertos após apuração e análise do material coletado durante a chamada “Operação João de Barro”.
A “João de Barro” foi a maior operação já realizada pela Polícia Federal no país. No dia 20 de junho de 2008, mil agentes da PF cumpriram 38 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal em Valadares e 230 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.
As medidas judiciais originaram-se de diferentes instâncias, em razão do envolvimento de deputados federais no esquema.
A operação alcançou o Distrito Federal e sete estados brasileiros (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Goiás e Tocantins). Cento e dezenove prefeituras foram investigadas. A movimentação financeira dos convênios investigados ultrapassou os 2,7 bilhões de reais.
Na verdade, quando a operação foi deflagrada, já se sabia da existência de um esquema ilícito de desvio de verbas públicas protagonizado por lobistas, empresários e servidores públicos, sob o comando do deputado federal João Magalhães.
A descoberta foi feita pelo MPF em Governador Valadares a partir de relatório do Tribunal de Contas da União acerca de inúmeras irregularidades na aplicação de verbas públicas federais em municípios do leste mineiro e Vale do Jequitinhonha.
O que a auditoria do TCU mostrou é que havia um esquema montado para fraudar licitações à semelhança do que fora orquestrado pela Máfia das Sanguessugas para desviar verbas destinadas à compra de ambulâncias. Só que, dessa vez, as verbas eram destinadas a obras públicas, em convênios firmados com o Ministério da Saúde, Ministério da Integração Nacional e com o Ministério do Planejamento por meio de emendas parlamentares.
O modo de atuação era muito semelhante ao praticado pelas sanguessugas: em contato direto com os prefeitos beneficiários das emendas, os parlamentares indicavam quais seriam as empresas que participariam e quais delas seriam as vencedoras das licitações. O resultado eram procedimentos viciados, inexecução de obras, superfaturamento, pagamentos indevidos, participação de empresas irregulares ou inexistentes e emissão de notas fiscais inidôneas.
A gravidade dos fatos, somada às evidências de que as atividades ilícitas não apenas persistiam, como tinham ultrapassado os limites do estado de Minas Gerais e atingiam outras unidades da federação, levou o MPF a requerer a instauração de inquérito policial para ampliar as investigações.
O objetivo era direcionar o foco para a tentativa de identificarem-se os demais envolvidos na fraude, bem como a forma através da qual se estabelecia o liame entre os participantes do esquema.
Nesse contexto é que se deu a Operação João de Barro, quando, por meio da realização de diversas medidas cautelares, foi possível desvendar uma estrutura bem mais complexa do que aquela até então constatada pelos órgãos que apuravam o esquema.
Segunda fase
As análises do material colhido durante a operação e o resultado final das investigações apontaram para o fato de que a execução do esquema delituoso passou a ser feita por grupos organizados nos moldes de verdadeiras organizações criminosas.
De acordo com a denúncia, no ápice da estrutura de cada uma dessas organizações estariam os parlamentares que apareceram negociando emendas: João Magalhães, Ademir Camilo, José Santana de Vasconcelos Moreira, Jaime Martins Filho e José Miguel Martini.
Na outra extremidade, estavam os empresários, prefeitos e servidores públicos. A ligação entre as duas extremidades era feita pelo lobista João Carlos de Carvalho.
No início das investigações, João Carlos aparecia como mais um empresário que participava do esquema de fraudes comandado pelo deputado João Magalhães. “Aos poucos, porém, sua influência foi aumentando a tal ponto, que, sem abandonar suas antigas atividades, passou a exercer a função de gerenciador do processo de obtenção de recursos, tornando-se o principal conectivo das diversas engrenagens que compunham a máquina delitiva”, diz a denúncia do MPF.
Em cada degrau de atuação da organização criminosa, as verbas públicas eram dilapidadas e assenhoreadas pelos criminosos e, no final, quando muito, apenas 50% dos recursos teriam sido aplicados de fato em benfeitorias para a população.
João Carlos de Carvalho está entre os 47 denunciados pelo MPF em Valadares. Essa denúncia não incluiu os deputados federais, porque, no âmbito criminal, eles têm direito a foro privilegiado e o inquérito que investiga a sua atuação corre perante o STF.
Se recebida a denúncia, os acusados irão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, formação de quadrilha e fraude à licitação.
UPT: A reportagem traz uma grande lista de cidades investigadas por supostas fraudes em obras, dentre as quais está Unaí. Veja aqui lista e reportagem completa.
Os fatos foram descobertos após apuração e análise do material coletado durante a chamada “Operação João de Barro”.
A “João de Barro” foi a maior operação já realizada pela Polícia Federal no país. No dia 20 de junho de 2008, mil agentes da PF cumpriram 38 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal em Valadares e 230 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.
As medidas judiciais originaram-se de diferentes instâncias, em razão do envolvimento de deputados federais no esquema.
A operação alcançou o Distrito Federal e sete estados brasileiros (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Goiás e Tocantins). Cento e dezenove prefeituras foram investigadas. A movimentação financeira dos convênios investigados ultrapassou os 2,7 bilhões de reais.
Na verdade, quando a operação foi deflagrada, já se sabia da existência de um esquema ilícito de desvio de verbas públicas protagonizado por lobistas, empresários e servidores públicos, sob o comando do deputado federal João Magalhães.
A descoberta foi feita pelo MPF em Governador Valadares a partir de relatório do Tribunal de Contas da União acerca de inúmeras irregularidades na aplicação de verbas públicas federais em municípios do leste mineiro e Vale do Jequitinhonha.
O que a auditoria do TCU mostrou é que havia um esquema montado para fraudar licitações à semelhança do que fora orquestrado pela Máfia das Sanguessugas para desviar verbas destinadas à compra de ambulâncias. Só que, dessa vez, as verbas eram destinadas a obras públicas, em convênios firmados com o Ministério da Saúde, Ministério da Integração Nacional e com o Ministério do Planejamento por meio de emendas parlamentares.
O modo de atuação era muito semelhante ao praticado pelas sanguessugas: em contato direto com os prefeitos beneficiários das emendas, os parlamentares indicavam quais seriam as empresas que participariam e quais delas seriam as vencedoras das licitações. O resultado eram procedimentos viciados, inexecução de obras, superfaturamento, pagamentos indevidos, participação de empresas irregulares ou inexistentes e emissão de notas fiscais inidôneas.
A gravidade dos fatos, somada às evidências de que as atividades ilícitas não apenas persistiam, como tinham ultrapassado os limites do estado de Minas Gerais e atingiam outras unidades da federação, levou o MPF a requerer a instauração de inquérito policial para ampliar as investigações.
O objetivo era direcionar o foco para a tentativa de identificarem-se os demais envolvidos na fraude, bem como a forma através da qual se estabelecia o liame entre os participantes do esquema.
Nesse contexto é que se deu a Operação João de Barro, quando, por meio da realização de diversas medidas cautelares, foi possível desvendar uma estrutura bem mais complexa do que aquela até então constatada pelos órgãos que apuravam o esquema.
Segunda fase
As análises do material colhido durante a operação e o resultado final das investigações apontaram para o fato de que a execução do esquema delituoso passou a ser feita por grupos organizados nos moldes de verdadeiras organizações criminosas.
De acordo com a denúncia, no ápice da estrutura de cada uma dessas organizações estariam os parlamentares que apareceram negociando emendas: João Magalhães, Ademir Camilo, José Santana de Vasconcelos Moreira, Jaime Martins Filho e José Miguel Martini.
Na outra extremidade, estavam os empresários, prefeitos e servidores públicos. A ligação entre as duas extremidades era feita pelo lobista João Carlos de Carvalho.
No início das investigações, João Carlos aparecia como mais um empresário que participava do esquema de fraudes comandado pelo deputado João Magalhães. “Aos poucos, porém, sua influência foi aumentando a tal ponto, que, sem abandonar suas antigas atividades, passou a exercer a função de gerenciador do processo de obtenção de recursos, tornando-se o principal conectivo das diversas engrenagens que compunham a máquina delitiva”, diz a denúncia do MPF.
Em cada degrau de atuação da organização criminosa, as verbas públicas eram dilapidadas e assenhoreadas pelos criminosos e, no final, quando muito, apenas 50% dos recursos teriam sido aplicados de fato em benfeitorias para a população.
João Carlos de Carvalho está entre os 47 denunciados pelo MPF em Valadares. Essa denúncia não incluiu os deputados federais, porque, no âmbito criminal, eles têm direito a foro privilegiado e o inquérito que investiga a sua atuação corre perante o STF.
Se recebida a denúncia, os acusados irão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, formação de quadrilha e fraude à licitação.
UPT: A reportagem traz uma grande lista de cidades investigadas por supostas fraudes em obras, dentre as quais está Unaí. Veja aqui lista e reportagem completa.
15 comentários:
e advinhem quem sao os envolvidos de Únai? tchan, tchan, tchan....................................................................................................
Antério e Branquinho.
Geni,
Quero ver agora o que o Prefeito vai falar. Com certeza, agora ele vai ficar caladinho, agora quem envergonha Unaí é ele. Unai envolvido no recebimento de emendas com suspeita de fraude. Adivinha qual é o deputado federal?
José Santana na fita....KKK...
E agora, Anterio?
É cedo para citarmos culpados em Unaí. Ainda não se sabe qual ou quais obras estão viciadas na cidade. E se for a diplicalção da BR 251? Ela é Federal e não há participação da prefeitura. Vamos com calma.
Essa eu já sabia, agora é a vez do frigorifico arantes e a parmalat estourarem ;
Engraçado Geni,
Nem o nome do prefeito Antério e do Branquinho foi salientado, mostrado ou denunciado, ao contrario do Deputado Delvito Alves que responde por PECULATO e IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA denunciado pelo Ministério Publico do Estado de Minas Gerais. Geni, voce devia citar que nem o prefeito e o vice fazem parte do esquema, já o Zé Santana e os outros deputados tem que responder, com Delvito está respondendo por ser o maior beneficiario das NOTAS FRIAS, aquela "maracutaia" para mandar serviços a Maxima e receber o dinheiro devolta pelos serviços prestados. Zé da Estrada para Estadual!!!!!!!!!! Delvito não, atrapalha e enfraquece a oposição por estar envolvido na "maracutaia" que acabou em processo de PECULATO e IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA que o próprio Delvito está respondendo perante a Justiça Mineira.
Grato.
antério e branquinho envergonhando MAIS UMA VEZ Unaí om seus deputadosss
a casa do deputado e candidato a Deus de Anterio e Branquinho caiu, agora vão investigar até a verba para as "baraginhas" em Unaí kkkkkkk. alias, de que eu estou rindo? é suspeita de roubo do nosso dinheiro!!
Quando é contra o grupo do prefeito, eles se defendem atacando o deputado. Querendo ou não voces tem envolvimento com Jose Santana sim, e se tiverem culpa, vamos saber logo...logo.
Caro Geni,
O Deputado Delvito Alves já está envolvido em um mar de lamas, quero dizer, atolado até o pescoço, pois já foi instaurado processo de PECULATO e IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, já está denunciado, como o maior beneficiario do esquema da ""maracutaia"" das notas frias.
Vergonha para Unaí na Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
O QUE ME DEIXA MAIS TRISTE E INCONFORMADO É VER TODOS OS DIAS NOTICIAS DE DESVIO DE VERBAS, FRAUDES, ETC., É SÓ CORRUPÇAO EM TODAS AS ESFERAS. QUE UM DIA UMA PESSOA DE BEM ASSUMA O CONTROLE DO MUNICIPIO, ESTADO E PAIS. HOJE QUEM TEM ÉTICA PARECE ANORMAL.
A policia federal vai montar acampamento em Unai, depois da travessia,canalização do corrégo canabrava, é a vez dos BOIS DO ARANTES, E DAS VACAS DA PARMALAT;ESSA JÁ VIROU BORDÃO "QUE BORRADA SEU ANTERO"
Caso venha a se comprovar (repito: caso venha a se comprovar) as denúncias contra o deputado queridinho da administração e contra obras no nosso município. Restará provado que a operação é João de barro, mas estão é fazendo os contribuintes e eleitores de João tolo. (vamos esperar)
Vamos ver o que vai sair do Zé Santana. Por do Delvito para os eleitores dele já saiu: João Idiotas que votaram nele.
A reportagem do Estado de Minas não foi nenhum furo de reportagem. Há 2 meses nos corredores do Palácio Marrom as vivandeiras governistas já se jactavam com a descoberta dos gastos do deputado com a verba indenizatória. A história nasceu aqui em Unaí mesmo, e como por encanto, ressucitou na grande imprensa da capital. Coincidencia, consequencia, destino ou teve um empurrãozinho enquanto estava verde...depois falam de materiazinha paga em jornalzinho local....
e a noticia de hoje no estado de minas? essa sim deve envergonhar anterio e unaí
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