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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Yes, temos o nosso Berlusconi!

O senador Aécio Neves e a socialite Ana Paula Junqueira foram fotografados saindo juntos de um balada na madrugada de ontem, quinta feira (25) em São Paulo.Os dois foram fotografados no banco de trás de um carro e tentaram fugir dos flashes dos paparazzi.

Aécio Neves dentro de carro com a socialite Ana Paula Junqueira
Ana Paula apareceu recentemente em um vídeo que discute o conflito da USP com outras socialites.

Baladeiro de plantão

Alguém me explica o que o senador tucano Aécio Neves, estava fazendo em plena quinta  feira, dia útil, em São Paulo?. Em um dia útil, Aécio caiu do cavalo em Minas. Em outro dia útil, Aécio fugiu do bafômetro no Rio....

Será que ele já foi informado que ganhou dos mineiros uma vaga no Senado, para trabalhar e é pago com dinheiro público? Vai ver ele não sabe, por isso não fica em Brasília.

Só falta o senador repetir a frase da Luciana Cardoso (filha do FHC): "Se me chamarem eu vou na hora". Ela também recebia polpudo salário em Brasília (também no Senado) sem comparecer ao trabalho. E os tucanos tem a cara de pau de falar em ética. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Enquete do portal AGROMAIS.

Enquete
Em qual destes nomes você votaria para prefeito de Unaí?
Padre Simonídes 58.0%
Dr. Romualdo 18.8%
Branquinho 12.6%
Valdivino 5.6%
Humbertinho 2.4%
Nenhum 1.7%
Jeová Costa 0.9%

Você ja votou!

Juro a qualquer um se não tivesse visto com meus próprios olhos não acreditaria no resultado parcial desta enquete realizada pelo AGROMAIS de Unaí. O povo de Unaí não está aguentando mais esperar pelo dia 07 de Outubro de 2012 para derrotar o candidato situacionista e virar a página da história de nossa querida cidade. Este resultado é singular, pois se quer foi lançada a candidatura do Padre Simonídes; esta manifestação dos internautas traz uma grande responsabilidade ao Simonides e ao seu partido no sentido da busca das alianças e fazer um programa de governo consistente e responsável. Buscar todas as forças políticas no sentido de opoiar a possível administração com recursos extra-municipal. O importante desta enquete é que um IP só vota uma vez. Claro que acreditava na possibilidade da candidatura do Padre Simonídes e esperava esta manifestação lá pelo mês de maio. Mas o povo unaiense quer mostrar a sua indignação o quanto antes. Seja qual for o resultado final desta, para nós ela é alvissareira por mostrar o potencial de uma pré-candidatura.   

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O capitalismo e suas crises II (As lições da Europa).

Prof. Sousa Santos

Mercados financeiros nunca vão recompensar os países pelos sacrifícios que fazem, pois isso alimenta os lucros do investimento especulativo.
A Europa está assombrada pelo fantasma da exaustão histórica. Depois de durante cinco séculos ter atribuído a si a missão de ensinar o mundo, parece ter pouco a ensinar e, o que é mais trágico, parece não ter capacidade para aprender com a experiência do mundo.
O cantinho europeu, apesar de ser cada vez menor no contexto mundial, não consegue compreender o mundo senão por meio de conceitos gerais e princípios universais e nem sequer se dá conta de que a sua própria fidelidade a eles é hoje uma miragem.
Partindo da ideia de que a compreensão do mundo é muito mais ampla que a compreensão europeia do mundo, as dificuldades que a Europa passa podem ser um campo de aprendizagem fértil para o mundo. Eis as principais lições.
Primeira lição: a ideia de que as crises são oportunidades é uma verdade ambígua, porque as oportunidades vão em direções opostas e são aproveitadas por quem melhor se prepara antes da crise.
A direita usou a crise para aplicar a "doutrina de choque" das privatizações e da destruição do Estado social (privatização da educação e da saúde). Não tinha conseguido fazê-lo por via democrática, mas foi preparando a opinião pública para a ideia de que não há alternativa ao senso comum neoliberal.
A esquerda, pelo contrário, deixou-se desarmar por esse senso comum, e por isso não pôde aproveitar a crise para mostrar o fracasso do neoliberalismo (tanto pela estagnação como pela injustiça) e propor uma alternativa pós-neoliberal.
O movimento ecológico, que era forte, deixou-se bloquear pelo slogan do crescimento, mesmo sabendo que esse crescimento é insustentável, perdendo, assim, a oportunidade que lhe foi dada pela reunião da Rio+20 do próximo ano.
Segunda lição: a liberalização do comércio é uma ilusão produtiva para os países mais desenvolvidos. Para ser justo, o comércio deve assentar-se em acordos regionais amplos, que incluam políticas industriais conjuntas e a busca de equilíbrios comerciais no interior da região.
A Alemanha, que tanto exporta para a Europa, deverá importar mais da Europa? Para isso ser possível é preciso uma política aduaneira e de preferências comerciais regionais, assim como uma refundação da Organização Mundial do Comércio.
Aliás, a OMC já hoje é um cadáver adiado, no sentido de começar a construir o modelo de cooperação internacional do futuro: acordos globais e regionais que, cada vez mais e sempre na medida do possível, façam com que os lugares de consumo coincidam com os lugares de produção.
Terceira lição: os mercados financeiros, dominados como estão pela especulação, nunca recompensarão os países pelos sacrifícios feitos, já que não reconhecer a suficiência destes é o que alimenta o lucro do investimento especulativo. Sem domar as dinâmicas especulativas, o desastre social ocorre tanto pela via da obediência como pela via da desobediência aos mercados.
Quarta lição: a democracia pode desaparecer gradualmente e sem ser por golpe de Estado. Vários países da Europa vivem uma situação de suspensão constitucional, um novo tipo de Estado de exceção que não visa perigosos terroristas, mas, sim, os cidadãos comuns, os seus salários e as suas pensões.
A substituição de Berlusconi (para a qual havia boas razões democráticas) foi decidida pelo Banco Central Europeu.
O estatuto dos Bancos Centrais, criado para torná-los independentes da política, acabou por tornar a política dependente deles.
A democracia, depois de parcialmente conquistada, pode ser gradualmente esventrada pela corrupção, pela mediocridade e pusilanimidade dos dirigentes e pela tecnocracia em representação do capital financeiro, a quem sempre serviu.

BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS, sociólogo português, é diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal). É autor, entre outros livros, de "Para uma Revolução Democrática da Justiça" (Cortez, 2007).

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O capitalismo e suas crises.

É engraçado a realidade econômica do Brasil. Em décadas passadas quando a economia mundial ia bem a do Brasil ia mal, agora quando a economia brasileira vai bem a do mundo entra em parafuso. 

Até 2002 os nossos políticos e economistas de "projeção"  que dominaram a política econômica brasileira estudaram e foram catequisados nos EUA e Europa; eram eles os ventrílocos dos países do eixo a repetirem o receituáreo neoliberal aqui no Brasil e America do Sul. O que era bom para os Estados Unidos era bom também para o Brasil.

Em 1929 com a quabradeira na bolsa de Nova Iorque, Dow jones, o mundo sofreu as consequencias; a economia brasileira era fundamenta na produção do café, principalmente para a exportação. Com a crise na economia mundial o preço do café despencou de maneira insustentável por falta de demanda. A solução foi a queima dos estoques e a destruição das lavouras de café por todas as regiões cafeeiras. Foi o caos na economia brasileira. 

Em 2008 os EUA foi novamente o epicentro de outra crise financeira com o caso dos subprime que levou um dos maiores bancos mundiais a falência. O comércio, o financiamento  e o emprego sofreram grandes abalos. Sorte do Brasil foi de já ter se livrado do receituário do FMI e as fórmulas neoliberais não encontraram eco na nova equipe econômica por ter à frente um comandante que ao invés de restringir o crédito, o expandiu; de contrair o meio circulante, obrigou os bancos a colocarem dinheiro a disposição do mercado; de cortar orçamento, o ampliou, etc. 

Este ano a crise se abate na zona do Euro. Os países mais fracos desta união monetária começam a sofrer os efeitos de seus loucos endividamentos e se sentem absolutamente engessados pelas políticas comuns do bloco. O caso mais grave é o da Grécia que vinham ao longo de muitos anos falseando seus Resultados Primários e principalmente os Resultados Nominais de seus orçamentos. O Resultado Primário (RP) é a confrontação das receitas não-financeiras com as despesas não-financeiras, ou seja, quanto do orçamento está sendo economizado para pagar o exercício da dívida interna e externa; o Resultado Nominal (RN) nada mais é do que o RP mais as receitas financeiras menos as despesas financeiras. Na Grécia o RN é de muito negativa e não tiveram mais como fazer "engambelamento" contábeis.

a Grécia passa por um grave processo de desendustrialização por falta de competitividade de seus produtos tanto no mercado interno e principalmente no externo pelo engessamento do câmbio comum, Euro, onde o país perde a capacidade de fazer política monetária: desvalorizar ou valorizar sua moeda de acordo as necessidades de sua economia. Se o problema fosse apenas da Grécia, a UE teria a solução, mas se resolverem o problema Grego eles estarão abrindo um precedente e os demais em crise (Itália, Portugal, Espanha, França) reivindicarão a mesma solução e aí será o fim da União Européia. Qual seria esta solução? a dívida Grega representa apenas 2% do PIB da zona do Euro e seria absolutamente absorvida pelos demais, a questão são os outros que estão também com dificuldades com suas dívidas e são todas muito maiores do que a da Grécia.

Uma quebradeira na UE não interessa a ninguém, pois vão comprar menos do Brasil e de outros países e aí haverá uma retração no comércio mundial que poderá levar a economia global a uma brutal recessão. Uma das saídas possíveis para Grécia é a saída da UE ou apenas abandonar o Euro como moeda, qualquer uma destas poderá abrir brecha para outros países descontentes fazerem o mesmo. Resumo da ópera, a UE se encontra naquela situação onde: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.      

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Farsa contra Agnelo.

Por Ana Maria Campos, et al.
Eduardo Pedrosa, irmão da distrital Eliana Pedrosa, teria oferecido R$ 400 mil para lobista gravar depoimento acusando Agnelo Queiroz. Depois, Daniel Tavares recuou e filmou nova versão negando as denúncias.

Irmão de deputada por trás de vídeo

Eduardo Pedrosa teria oferecido R$ 400 mil e uma mesada a Daniel Tavares para que o lobista gravasse depoimento incriminando o governador Agnelo. Depois, acusador voltou atrás e atacou o empresário.
Apontado como o articulador da gravação do depoimento que envolveu o governador Agnelo Queiroz (PT) em denúncia de pagamentos de propina, o empresário Eduardo Pedrosa, irmão da deputada distrital Eliana Pedrosa (PSD), é um personagem que há anos atua nos bastidores da política do Distrito Federal. De acordo com relato do lobista Daniel Almeida Tavares, o caçula da família Pedrosa foi o mentor da ideia de registrar em vídeo o testemunho contra o chefe do Executivo, em uma espécie de interrogatório conduzido pela deputada Celina Leão (PSD). Ex-presidente regional do PL, ele participou de negociações importantes na Câmara Legislativa e foi um dos responsáveis em 2004 pela eleição do então deputado Fábio Barcellos (ex-PFL, hoje PDT) para a presidência da Casa, contra a vontade do governador à época, Joaquim Roriz.
De acordo com o último depoimento de Tavares, feito à TV Record, Eduardo Pedrosa ofereceu a ele R$ 400 mil, além de uma mesada durante um ano, para apresentar uma versão que comprometesse Agnelo. Em 33 minutos de depoimento, o lobista disse com detalhes ter feito uma transferência eletrônica para a conta-corrente de Agnelo em 2008, quando ele era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a título de retribuição por atestado assinado pelo hoje governador do DF em benefício da empresa União Química. "Chegou até mim o senhor Eduardo Pedrosa, irmão da deputada Eliana Pedrosa, e me levou até a casa dele, à beira da terceira ponte, e me fez essa proposta", disse o lobista, que acrescentou: "Eu falei tudo aquilo que eles queriam ouvir e todos os pontos que foram colocados foram pontos plantados pelo senhor Eduardo e a senhora Celina Leão para prejudicar o governador".
Quem conhece Eduardo Pedrosa não duvida de que ele tenha tentado convencer Daniel Tavares a atacar Agnelo. Ele tem atuado nos bastidores contra o governo de Agnelo, a quem considera um adversário político, uma vez que a irmã dele não tem espaço de poder. Pelo contrário, a distrital, hoje no PSD, enfrenta um embate duro com a deputada Arlete Sampaio (PT), atual secretária de Desenvolvimento Social, que promove uma verdadeira caça às bruxas na administração da antecessora. Eliana Pedrosa comandou a secretaria durante o governo de José Roberto Arruda, entre 2007 e 2010. Para se contrapor ao governo atual, Eduardo Pedrosa tem participado de decisões políticas envolvendo o mandato não só da irmã, como de Celina Leão.
No Twitter, Eduardo Pedrosa não esconde a contrariedade com a administração de Agnelo. "Vamos nos levantar contra essa ditadura imposta pelo PT, temos consciência e inteligência. Chega de deixar a mentira deles virar verdade", disse há quatro dias o empresário no microblog. Eliana e Celina negam pagamento ao lobista. Elas dizem que Tavares pediu dinheiro, mas não teria sido recompensado pelo relato contra Agnelo. Em novo depoimento apresentado pelo líder do PT na Câmara Legislativa, Chico Vigilante, Tavares confirmou a versão do governador, segundo a qual o depósito de R$ 5 mil se refere à devolução de um empréstimo tomado com ele num momento de dificuldade. "Várias pessoas de Brasília, de fora de Brasília, me ofereceram para falar contra o governador Agnelo. Eu não fiz isso, eu não fiz isso. Tenho um apreço muito grande pelo governador, foi uma pessoa que me ajudou no passado", disse Daniel Tavares.
Atuação política
Durante as negociações para a eleição de Fábio Barcellos, Eduardo Pedrosa cuidava pessoalmente de evitar que os distritais conversassem com Roriz. Ele entregou um celular para cada parlamentar que se dispôs a votar em Barcellos contra o nome da preferência do então governador, Pedro Passos (PMDB). Todos os deputados permaneceram isolados numa casa para evitar pressões até o momento da votação na Câmara Legislativa. Roriz ficou furioso e terminou derrotado. Preso em 2004, durante a Operação Vampiro, o irmão de Eliana Pedrosa foi acusado de participar de um esquema de fraudes em licitações para compras de hemoderivados no Ministério da Saúde. Ele nega participação nos crimes.
Eduardo Pedrosa sempre agiu nos bastidores, mas há uma expectativa no meio político de que ele saia candidato a deputado distrital para herdar o eleitorado e a base da irmã, caso Eliana decida concorrer a um mandato de senadora, ou governadora ou consiga ser indicada para uma vaga no Tribunal de Contas do DF, caminho mais difícil em virtude da posição contrária ao governador Agnelo Queiroz, a quem caberá uma participação na escolha do novo conselheiro.
Depoimentos negados
Ontem, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados rejeitou dois requerimentos, feitos pelos deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Fernando Francischini (PSDB-PR), para que o governador Agnelo fosse ouvido no Congresso. Na Câmara Legislativa, a Comissão de Assuntos Sociais também derrubou os pedidos de convocação dos secretários Rafael Barbosa (Saúde) e Paulo Tadeu (Governo), além do policial militar João Dias, para que prestassem depoimento sobre supostas irregularidades em convênios do Ministério do Esporte com organizações não governamentais do Distrito Federal.