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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Fala, Cidadão.

Por Raul Alves

Bom dia caros governantes de nossa bela cidade.

Cidade esta que hoje é destaque na agricultura e agropecuária, um celeiro da produção agrícola em Minas Gerais, cidade de pouca idade, mas de grande futuro, onde a igualdade e o desenvolvimento são eminentes, onde o progresso é o presente, tornando assim linda a vida de todos os cidadãos. 

 Certo? Sim, até uma parte do pequeno discurso sarcástico que foi redigido por um jovem de 19 anos, cansado da hipocrisia e da falta de consideração dos nossos governantes. 

Porque tanta indignação? Pelo simples fato de tratarem a classe pobre como alternativa.  Nas eleições são feitas grandes promessas com abraços calorosos, demonstrando o carinho e repassando confiança ao eleitor, mas a historia que irei relatar aqui, serve como prova de que esses abraços são tão fajutos como as promessas feitas.

 Resido no Bairro Cidade Nova, onde a promessa da pavimentação das ruas foi feita a muito tempo atrás, e agora que se deram início as obras fazem uma afronta ao direito, não só ao direito do cidadão, mas também ao direito da pessoa, ao direito do ser  Humano  que achamos que somos. 

 A precariedade do saneamento básico do meu bairro já é uma realidade, não precisamos das mãos dos Senhores para piorar isto, do que estou falando? Vamos lá então Senhores governantes ou “seja lá quem estiver lendo”. Para a execução do pavimento das ruas do meu bairro foi necessário a abertura de valas para criação de drenos, valas estas que juntas medem centenas de metros, mas qual o problema nisto? Bem, as valas foram abertas a aproximadamente 60 dias, e como já dito antes as valas foram feitas para drenar a água, agora temos imensas valas a céu aberto cheias de água podre, sim podre! Porque ela fede. Alem de atrapalhar o fluxo de pedestres, veículos, ciclistas e animais¹ a água pode “ajudar” a adoecer a população, suponho que os Senhores saibam disto. 

Quando solicitado no site qual o seguimento da ocorrência deveria ter a opção de selecionar mais de uma, assim eu definiria como: afronta ao Código de Obras, Lesão ao Código Sanitário e como Denuncia Contra Servidor Publico.

 Poderia ter como enviar fotos do local, assim Vossas Excelências poderiam ver o descaso com a vida humana, sairiam assim do seu trono de luxo e enxergariam a realidade. Não estou sendo sensacionalista, uma criança de quatro anos caiu em umas dessas valas que estava cheia de água, pela mão do Bom Deus seu irmão estava próximo no momento e pode ajudar.
Espero que através deste humilde desabafo, os Senhores possam tomar providencias!


animais¹ (Cavalos usados pelos carroceiros. Afinal de contas eles também comem. Então vão ensinar seu filhos a serem carroceiros, mas eles não tem outra alternativa, nem se quer tem uma escola no bairro, não se tem trabalho social em um dos bairros mais pobres da cidade)

Raul Alves
19 Anos

Êta Tucano bão, sô!

A Polícia Federal investiga declarações de um vereador do município de Pirapora, a 340 km de Belo Horizonte (MG), em um vídeo divulgado no site YouTube. No vídeo, o vereador Juscélio Garcia de Oliveira (PSDB), conhecido como "Groselha", afirma que seus colegas desviaram "rios de dinheiro" e que não denunciou o crime porque é "homem com 'H' maiúsculo".



"Estou exercendo o meu segundo mandato de vereador nesta Casa. Participei de uma Câmara com vereadores que desviaram rios e rios de dinheiro aqui dentro. E vi tudo calado, observando, sem jamais denunciar um colega. Porque aqui nós somos dez - independente da postura e da posição de cada um -, nós somos homens. E homens com a letra 'H' maiúscula", diz o vereador no vídeo.

Em ofício encaminhado ao presidente da Câmara Municipal de Pirapora, Esmeraldo Pereira Santos, o chefe da PF em Montes Claros (MG), delegado Marcelo Eduardo Freitas, pede esclarecimentos sobre a denúncia. A PF espera que o vereador dê maiores detalhes a respeito dos supostos desvios, citando nomes dos eventuais envolvidos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

As respostas que O Globo preferiu não aproveitar

Por que a população não sai às ruas contra a corrupção?

19 de julho de 2011
O jornal O Globo publicou uma reportagem no domingo para questionar por que os brasileiros não saem às ruas para protestar contra a corrupção.
Para fazer a matéria, os repórteres Jaqueline Falcão e Marcus Vinicius Gomes entrevistaram os organizadores das manifestações de defesa dos direitos dos homossexuais e da legalização da maconha. E a Coordenação Nacional do MST.
A repórter Jaqueline Falcão enviou as perguntas por correio eletrônico, que foram respondidas pela integrante da coordenação do MST, Marina dos Santos, e enviadas na quinta-feira em torno das 18h, dentro do prazo.
A repórter até então interessada não entrou mais em contato. E a reportagem saiu só no domingo. E as respostas não foram aproveitadas.
Por que será?
Abaixo, leia as respostas da integrante da Coordenação Nacional do MST que não saíram em O Globo.

Por que o Brasil não sai às ruas contra a corrupção?
Arrisco uma tentativa de responder essa pergunta ampliando e diversificando o questionamento: por que o Brasil não sai às ruas para as questões políticas que definem os rumos do nosso país? O povo não saiu às ruas para protestar contra as privatizações — privataria — e a corrupção existente no governo FHC. Os casos foram numerosos — tanto é que substituiu-se o Procurador Geral da Republica pela figura do “Engavetador Geral da República”.
Não saiu às ruas quando o governo Lula liberou o plantio de sementes transgênicas, criou facilidades para o comércio de agrotóxicos e deu continuidade a uma política econômica que assegura lucros milionários ao sistema financeiro.
Os que querem que o povo vá as ruas para protestar contra o atual governo federal — ignorando a corrupção que viceja nos ninhos do tucanato — também querem ver o povo nas ruas, praças e campo fazendo política? Estão dispostos a chamar o povo para ir às ruas para exigir Reforma Agrária e Urbana, democratização dos meios de comunicação e a estatização do sistema financeiro?
O povo não é bobo. Não irá às ruas para atender ao chamado de alguns setores das elites porque sabe que a corrupção está entranhada na burguesia brasileira. Basta pedir a apuração e punição dos corruptores do setor privado junto ao estatal para que as vozes que se dizem combater a corrupção diminua, sensivelmente, em quantidade e intensidade.

Por que não vemos indignação contra a corrupção?
Há indignação sim. Mas essa indignação está, praticamente restrita à esfera individual, pessoal, de cada brasileiro. O poderio dos aparatos ideológicos do sistema e as políticas governamentais de cooptação, perseguição e repressão aos movimentos sociais, intensificadas nos governos neoliberais, fragilizaram os setores organizados da sociedade que tinham a capacidade de aglutinar a canalizar para as mobilizações populares as insatisfações que residem na esfera individual.
Esse cenário mudará. E povo voltará a fazer política nas ruas e, inclusive, para combater todas as práticas de corrupção, seja de que governo for. Quando isso ocorrer, alguns que querem ver o povo nas ruas agora assustados usarão seus azedos blogs para exigir que o povo seja tirado das ruas.

As multidões vão às ruas pela marcha da maconha, MST, Parada Gay…e por que não contra a corrupção?
Porque é preciso ter credibilidade junto ao povo para se fazer um chamamento popular. Ter o monopólio da mídia não é suficiente para determinar a vontade e ação do povo. Se fosse assim, os tucanos não perderiam uma eleição, o presidente Hugo Chávez não conseguiria mobilizar a multidão dos pobres em seu país e o governo Lula não terminaria seus dois mandatos com índices superiores a 80% de aprovação popular.
Os conluios de grupos partidários-políticos com a mídia, marcantes na legislação passada de estados importantes — como o de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul — mostraram-se eficazes para sufocar as denúncias de corrupção naqueles governos. Mas foram ineficazes na tentativa de que o povo não tomasse conhecimento da existência da corrupção. Logo, a credibilidade de ambos, mídia e políticos, ficou abalada.

A sensação é de impunidade?
Sim, há uma sensação de impunidade. Alguns bancos já foram condenados devolver milhões de reais porque cobraram ilegalmente taxas dos seus usuários. Isso não é uma espécie de roubo? Além da devolução do dinheiro, os responsáveis não deveriam responder criminalmente? Já pensou se a moda pegar: o assaltante é preso já na saída do banco, e tudo resolve com a devolução do dinheiro roubado…
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em recente entrevista à Revista Piauí, disse abertamente: “em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou.(…) Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional.”
Nada sintetiza melhor o sentimento de impunidade que sentem as elites brasileiras. Não temem e sentem um profundo desrespeito pelas instituições públicas. Teme apenas o poder de outro grupo privado com o qual mantêm estreitos vínculos, necessários para manter o controle sobre o futebol brasileiro.
São fatos como estes, dos bancos e do presidente da CBF –- por coincidência, um dos bancos condenados a devolver o dinheiro dos usuários também financia a CBF — que acabam naturalizando a impunidade junto a população.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sonhos X Continuísmo X Recall

Permearei meus argumentos com algumas peças publicitárias da operadora AT&T  desenvolvidas para cada país mundo afora. 

A campanha eleitoral de 2012 em Unaí será uma das mais acirradas dos últimos tempos e tem tudo para ser uma das mais inteligentes. Até agora três estratégias se vislumbram: PT e PMDB farão uma campanha fundamentadas nos sonhos de uma Unaí melhor, forte e progressista; o PSDB fará uma campanha focada na continuidade, na irmandade com o governo estadual; o PTB ainda não esboçou sonhos, não terá o discurso de continuidade, de irmandade e sim uma campanha orientada para a manutenção do seus Recalls de campanhas passadas.
 Nenhum partido terá a primasia de sonhar nesta eleição quanto ao PT e ao PMDB por serem sócios da maior transformação social jamais vista em um só país e em tão pouco tempo. Nenhum outro partido poderá dizer aos eleitores que a sua administração irá além do básico, do arróz com feijão, do constitucional definido. Nenhum outro partido terá condições de sonhar com uma potencialização regional e reunir o que há de mais significativo no noroeste em torno de um projeto onde poderá reunir autoridades regionais, estaduais e federais em sua elaboração. Unaí é outro hoje, intelectualmente falando, apesar dos pesares administrativos. Os eleitores saberão cobrar projetos e sonhos plausíveis e factíveis dos senhores candidatos e saberão distinguir dentre eles àquele que reune melhores condições éticas, morais e principalmente políticas para colocar em prática estes sonhos sonhados. O cavalo do desenvolvimento regional já está arreado e não poderá esperar por mais tempo, sob pena de outros tomarem suas rédeas e o dirigir para regiões diferentes da nossa, matando nossos sonhos.
O marketing do continuísmo poderia ser uma grande jogada se a herança fosse bendita. Se os sonhos de 2004 tivessem sidos realizados; se os servidores estivessem com o mesmo ânimo e sonhos de antes; se os tratores estivessem arando mais do que arou com o Zé "lá de Traz" para a agricultura familiar; se as pontes não estivessem caíndo com os caminhões do progresso familiar; se tivesse havido melhoramento genético do rebanho leiteiro dos pequenos; se tivéssemos processando e agregando valor em nossas matérias-primas; se nossos jovens estivessem empregados (ou pelo menos seus pais) em empregos promissores em termos de carreira; se o pretenso continuísmo dialogasse melhor com a sociedade; se fosse afável e amável com os seus munícipes; se fosse democrático com a  diversidade de opiniões; se respeitasse a luta das comunidades em busca de outras fontes de recursos para seus desafios contidianos. Só a exclusão dará guarida à continuidade em Unaí. Para que haja a exclusão, todos os outros terão de ser pior do que este aos olhos da sociedade.
O outro projeto, PTB, (ou não-projeto) é o do Recall, fundamentado no "você que votou em mim nas eleições passadas para Deputado, vote agora para Prefeito". Esquecendo que os sonhos embalantes dos votos passados foram outros e toda a encomenda prometida ainda não foi entregue. Cada eleição, sonho novo. O sonho anterior era de uma melhor representatividade regional no parlamento estadual, um olhar desenvolvimentista através da ponte estadual/federal que um deputado pode fazer, esta ponte não foi ainda construída em toda a sua plenitude, falta lhe um aliado no comando local para um trabalho em conjunto, para um planejamento orgânico e inclusivo que esta convergência pode propiciar à Unaí e região. A transposição do sonho estadual para um "sonhozinho" municipal (queda do estadual para o local) é trair os sonhos anteriores, pois eles são permanentes e não se esgotam. Outra vertente deste marketing será: "precisamos desalojar esta turma da 'Casa Marrom!" Os eleitores/sociedade unaienses haverão de perguntar: tirar para colocar o quê? cadê os sonhos superiores sonhados nas eleições passadas onde suas possibilidades de nos ajudar seriam maiores do que neste novo sonho? Com certeza, os eleitores/sociedade votarão para um resultado ganha-ganha e não para um resultado perde-ganha.        

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Unaí, a política e a genética.

Na postagem anterior reprodizi uma reportagem do OESP onde vinha um bolo de casamento entre o PT e o PMDB. Como estou muito focado em genética estes dias, tudo o que imagino ela está inserida, daí o título. Afinal, não existe nada entre os seres vivos que não esteja presente seus genótipos e fenótipos. Mas Unaí e política não são seres vivos! Mas ambas vivem de resultados, e os resultados aparecem através dos cruzamentos, sejam eles biológicos ou filosóficos. 

Na coligação do Governo LULA tinhamos um cruzamento de um gene homozigoto, PT, com outro gene puro, porém recessivo, pr, daí a predominância do gene PT; no Governo DILMA temos um cruzamento de dois genes homozigotos: Puros, PT, PMDB. É sabido que os genes homozigotos são por natureza dominantes, ou geração parental segundo Mendel. Com as devidas vênias, no cruzamento de um touro Gir homozigoto (PO) com uma vaca holandesa PO  dará um resultado 50%, meio sangue; no cruzamento de um touro holandez PO com esta filha meio sangue dará um rsultado três quarto, 75% e o cruzamento entre estes 3/4 formará uma nova raça genuinamente brasileira e boa de leite, digo, de resultado: PS - Puro Sintético.

No cruzamento nacional, coligação, temos a geração parental; no segundo cruzamento, estadual, teremos os genes 3/4, PT/PMDB e PMDB/PT; e no terceiro cruzamento, municipal, teremos o PS, Puro Sintético, o novo sangue, o resultado que todos almejam. Assim como na pecuária de alto impacto a genética está aí para ensinar a política como se forma uma alta linhagem de excelentes resultados.

Antes que alguém me corrija, o PS tem sangue 5/8 e não 6/8 como dito na postagem, mas fica assim mesmo. 

Obs: "antes que alguém me indaga se estou fazendo supletivo, digo que aprendi estas lições  em uma conferência virtual proferida pelo Sr. Secretário de Agricultura de Unaí no Canal Rural para os produtores participantes da Mega Leite de Uberaba de 2011." Estamos bem representados...!!! graças a Dio.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Casamento perene.(?)

João Domingos e Vera Rosa, de 'O Estado de S.Paulo'
Um bolo de nozes ornamentado por bonecos da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer foi servido nesta terça-feira, 12, depois do almoço dos líderes dos partidos aliados com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), no apartamento do líder petista Paulo Teixeira (SP).
Feito sob encomenda, o bolo de dois andares, com recheio de doce de leite, foi levado à reunião pelo líder do PMDB Henrique Eduardo Alves (RN). Tinha a frase "amor à 15ª vista" e Dilma e Temer pareciam "noivos".
Como PT e PMDB estão juntos há bem menos tempo, alguns chegaram a brincar que a guloseima retratava uma coligação que deverá durar mais 15 anos, até 2026. Henrique Alves avisou, porém, que a referência numérica era apenas para lembrar o número do partido nas eleições, o 15.
Apesar do clima cordial e muitas risadas, não faltaram estocadas na hora de partir a iguaria recheada com doce de leite. "O PT dá tanto bolo na gente que resolvi tomar a iniciativa e dar o primeiro bolo", disse Alves. "O governo divide o poder equitativamente: é uma uva para o PMDB e uma melancia para o PT", emendou Marcelo Castro (PMDB-PI).
Sem conter a gargalhada, Alves contou que Temer reclamou porque o boneco com sua imagem era muito menor do que o de Dilma. "Mas isso não importa, é o de menos nesse casamento", brincou.
Em tom bem humorado, o líder do PMDB também cobrou Teixeira ao dizer que o PT era "pão duro" e nunca oferecia almoços aos partidos da base aliada do governo. "Então, como foi a primeira vez do Paulo Teixeira como nosso anfitrião, resolvi homenageá-lo com esse bolo", insistiu Alves.
Teixeira não passou recibo e, como bom católico, caprichou na referência ao casamento para mostrar que nenhuma crise política, por maior que seja, pode abalar a união entre o PT e o PMDB. "O que o povo uniu os líderes não separam", disse o petista. 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Quem foi mesmo que matou Tim Lopes?

por Maria Luisa de Melo, no Jornal do Brasil,

 “Se dependesse da TV Globo, eu estaria morta”. A declaração da jornalista Cristina Guimarães – vencedora do Prêmio Esso em 2001, junto com Tim Lopes, pela série ‘Feira das drogas’ – promete causar polêmica e agitar os bastidores do caso que ficou conhecido em todo o país. De volta ao Brasil após passar oito anos se escondendo de traficantes da Rocinha, que ameaçavam matá-la depois de reportagem veiculada no Jornal Nacional, ela conta em livro como a TV Globo lhe virou as costas e garante que o jornalista poderia estar vivo se a emissora tivesse dado atenção às ameaças recebidas.

De acordo com Cristina, sete meses antes de Tim ser morto por traficantes do Complexo do Alemão, ela entrou com uma ação judicial de rescisão indireta, na qual reclamava da falta de segurança para jornalistas da emissora. As denúncias integram o livro que está sendo escrito por Cristina e deve ser lançado nos Estados Unidos, no início do próximo ano. A obra, segundo a jornalista e publicitária, também deve virar filme.

“Não dava para escrever meu livro no Brasil. Aqui a Globo ainda tem uma influência muito forte e a obra poderia ser abafada de alguma maneira. Com o apoio do governo americano, fica mais fácil lançar nos EUA”, pondera.

O que motivou as suas denúncias de omissão contra a TV Globo na Justiça?
Trabalhei durante 12 anos na TV Globo. Em 2001, estava fazendo produção para o Jornal Nacional junto com o Tim Lopes. Produzíamos as matérias de jornalismo investigativo do telejornal. Quando o Tim trouxe o material da feira de drogas ao ar livre na Favela da Grota (Complexo do Alemão), a chefia de reportagem me chamou e perguntou se eu conhecia outras feiras deste tipo. Respondi que na Rocinha e na Mangueira o mesmo acontecia e a chefia do JN me pediu para fazer imagens lá. Fui três vezes à Rocinha e duas à Mangueira, para conseguir um bom material. Na primeira vez que estive nos dois lugares, reclamaram que as imagens não estavam boas e exigiram que eu voltasse até o material estar com boa qualidade. O grande problema começou um mês depois da exibição da série. Comecei a ser duramente ameaçada por traficantes, sem nenhum respaldo da emissora, e decidi ingressar com uma ação judicial pedindo segurança.

Quando começaram as ameaças de traficantes?
Por volta de um mês depois da exibição das matérias, começaram a me telefonar de um orelhão que fica dentro da Favela da Rocinha me chamando de ‘Dona Ferrada’ e dizendo que me pegariam. Diziam também que eu não escaparia, era questão de tempo. Diante das constantes ligações, conversei com a chefia do JN e pedi proteção. Fui ignorada. Dias depois, sequestraram um produtor do Esporte Espetacular, o levaram para um barraco na Rocinha. Bateram muito no coitado. Os traficantes queriam saber se ele sabia quem tinha ido à favela fazer as imagens, mas o produtor não sabia. Era de uma editoria diferente da minha e realmente não sabia. O que me assustou foi que a TV Globo não me falou nada. Eu estava voltando de um mês de férias e soube do episódio pela Folha de S. Paulo. Quiseram abafar as ameaças e a ligação entre os dois casos: as ameaças feitas contra mim e o sequestro do Carlos Alberto de Carvalho. O episódio me deixou ainda mais assustada, porque aí eu tive a certeza de que não podia contar com a emissora para nada. Procurei a polícia, registrei o caso na 10ª DP (Gávea), mas acho que sentaram em cima do processo. Na verdade, devem estar esperando para ouvir a outra parte – os traficantes. (risos).

Então, com a denúncia à polícia as ameaças não pararam?
Muito pelo contrário. A coisa corria solta e ninguém fazia absolutamente nada. Mas o que tirou meu sono foi quando prenderam um garoto da Rocinha que pagava propina a um coronel. Fui cobrir o caso e me desesperei. Ao encontrar o moleque detido, ele olhou bem para mim e disse ‘É, tia! Eu tô ferrado, mas tu também tá. Tá todo mundo atrás de você lá na Rocinha. Tua cabeça tá valendo R$ 20 mil’. Naquele momento, tomei a dimensão da situação em que eu me encontrava. Ele descreveu a roupa que eu usava quando ia à favela fazer as imagens. Todo o meu disfarce: meu boné surrado, a bermuda, a cor da camiseta.

Com o processo você conseguiu desligamento da TV Globo?
Sim. Por meio da ação judicial que emplaquei no Ministério do Trabalho, meu vínculo com a TV Globo acabou. Sinceramente, hoje eu tenho mais medo da TV Globo do que dos traficantes. O traficante pode te ameaçar e ser violento. No entanto, ele avisa e depois cumpre. A TV Globo é traiçoeira. Enquanto você é subordinado e faz o que te pedem, você é bonzinho. Já quando você questiona os riscos que ela te impõe e se nega a fazer alguma coisa por temer pela sua própria vida, você é tachado de louco. Traficantes me parecem mais confiáveis.

Você acha que estaria morta se não tivesse travado uma briga judicial com a TV Globo para não ser mais obrigada a produzir matérias que colocassem sua vida em jogo?
Já estaria morta há muito tempo. A Globo não quis saber se eu corria risco de vida. Os meus chefes diziam que as ameaças que eu recebia por telefone eram coisas da minha cabeça. Não me arrependo de ter largado a Globo para trás. A minha vida vale muito mais do que R$ 3.100, que era o meu salário em 2001.

A morte do Tim poderia ter sido evitada pela emissora?
Sem dúvida nenhuma. Eu falei sobre os riscos que estávamos correndo sete meses antes de os traficantes do Alemão matarem o Tim Lopes. Eu implorei por atenção a estas ameaças e o que fez a TV Globo? Ignorou tudo. Sete meses depois, eles pegaram o Tim. Na ocasião do Prêmio Esso, antes de o Tim ser morto, eu liguei para ele e o alertei sobre os riscos de ter exposto seu rosto nos jornais. Na nossa profissão, é preciso ter muito cuidado para mostrar a cara. É muita ingenuidade achar que traficante não assiste TV e não lê jornal.

Procurada pela reportagem do Jornal do Brasil, a assessoria da Rede Globo não retornou às solicitações para esclarecimento das acusações desta matéria.

domingo, 10 de julho de 2011

Política é negociação.



Em uma cidade do interior, dá para abrir mão deste grupo? Sim e não. Sim para uns e não para outros. Alguns nunca fizeram parte dele e outro é parte integrante.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Eleições 2012. II

  Li uma análise de comentarista do OPV sobre os desdobramentos eleitorais futuros em Unaí a partir do fortalecimento do PT na cidade e um possível prejuízo eleitoral para o Delvito e para o Toninho. Eu, particularmente não vejo nenhuma perda para nenhum deles em seus quantitativos anteriores. É óbvio que queremos aumentar a votação do paraca em 130% em Unaí. Por que este alto percentual? porque a base de cálculo é baixa. Queremos também o alinhamento da votação do nosso Federal com esta possível votação do Paraca.

Em nenhum momento esta votação dos Deputados do PT ameaçará os quantitativos do Delvito e do Toninho Andrade. Sabemos também,  que quando o quantitativo de algum candidato aumenta, acontecerá obrigatoriamente a diminuição de outro(s); esta votação pode ser aumentada em outros segmentos eleitorais, na diminuição dos votos em branco, nulo e abstenções e do embornal da direita.   

Os nossos Federais não precisam de 10.000 votos em Unaí, mas o Toninho precisa; nem o Miguel Correa, nem o Reginaldo Lopes querem o enfraquecimento do Dep. do PMDB na região, palavras do Reginaldo: "o Toninho é meu irmão". Portanto não haverá canibalização na base, saberemos fazer este balanceamento no momento certo.     

domingo, 3 de julho de 2011

Eleições 2012.

O líder comunitário do Momoeiro, Netinho do momoeiro, recebe em sua residência o Vereador e Presidente do Legislativo Municipal, o Verde Ermes Martins, o petista Valdivino Guimarães e este Blogueiro para um agradável bate-papo e evidentemente que o cardápio foi a política municipal e as articulações para as eleições de 2012.

Confesso que fiquei agradavelmente surpreso com a inteligência, capacidade argumentativa e a lógica dos cenários traçados pelo anfitrião. O Presidente do Legislativo nos relatou a sua decepção com o andamento da atual gestão municipal e as vantagens competitivas perdidadas pelo Município de Unaí. Análises feitas por uma pessoa insuspeita por ter sido um dos apoiadores deste grupo e por conhecer por dentro os limites do mesmo.

Não foi falado em composição de chapa e muito menos em apoios a candidatura de A ou B, mesmo sendo o Valdivino um declarado e natural pré candidato; foi discutido a necessidade de união das oposições e deram uma rápida passada por algumas áreas da economia Unaiense, setor pecuário por exemplo, onde foram, ou fomos, concordado por um veterinário récem chegado ao recinto.

A novidade principal foi a filiação do Valdivino ao Partido dos Trabalhadores cuja solenidade será concretisada e comandada pelo presidente do PT Estadual no dia 14/07/11 às 19h provavelmente na Câmara Municipal. Uma das maiores críticas do PT local ao Estadual era desta falta de apoio direto aos candidatos do PT em Unaí; sugundo o Presidente Estadual e seu Vice, Dep. Fed. Reginaldo Lopes e Dep. Fed. Miguel Correa,  respectivamente, em 2012,  Unaí  passa a ser prioridade tanto do PT Estadual como do PT Nacional. Ainda segundo o Presidente Estadual, se houver uma composição PT/PMDB em Unaí, a probabilidade de recebermos na campanha tanto o LULA quanto a DILMA é muito alto. É o contraponto ao Anastasia/Aécio em Unaí.