Filha de Copenhaguem

Eng. Mec. Railton Lima Faz

Ninguém poderia imaginar que Unaí saísse à frente de outras cidades brasileiras e até mesmo do mundo com uma idéia conceito que pudesse revolucionar o meio ambiente em Unaí, em Minas, no Brasil e no Mundo. O mais emocionante é saber que as nossas autoridades municipais esnobaram o projeto, ao invés de estudá-lo, analisá-lo, e apóia-lo.

O referido projeto consiste na transformação do lixo doméstico em carvão. Nada mais simples e eficaz. Esta idéia é fruto de estudos do Eng. Mec. Railton Faz, Nordestino de Sergipe, que colocou seu projeto na Internet a procura de um apoiador financeiro para o desenvolvimento da nova tecnologia e transformar o conceito em realidade. Como Deus manda as pessoas certas para o lugar certo, um grande brasileiro radicado em Unaí se entusiasmou ao se deparar com o projeto na internet em suas incansáveis buscas do novo e relevante. Este ser iluminado é o Mário Martins.

O lixo doméstico é sem dúvida uma das grandes preocupações da sociedade e do poder publico em todos os níveis. Seria crível imaginar que as soluções para o lixo e suas consequências, aterros sanitários e lixões aos céus abertos, viessem do poder público. Porque esta área é de interesse público, portanto, soluções públicas. A iniciativa privada é movida pelo lucro, algo que remunere o capital. Nenhum capitalista planta grande extensões de terras pensando em matar a fome, pouco lhes interessam quem vai degustar seus produtos, se um ser humano, um macaco ou uma égua; se aqui ou lá na conchinchina. Se este projeto se tornar sustentável financeiramente será um dos grandes achados para as administrações municipais ao solucionarem as imundices dos lixões, das construções de aterros sanitários e a partir deste projeto é só despejarem seus caminhões de lixo no deposito da usina e esta através de suas esteiras os levarão todos para o forno.

Carvão ecológico é algo que não se coaduna ao velho paradigma. Este projeto é a verdadeira quebra de paradigma ecológico; este sumidouro de lixo não polui, não há fumaças, mau cheiro e nem resíduos tóxicos. E mais, pode se transformar em uma grande produtora de energia elétrica. Pois é, dentro desta mesma planta está sendo construída uma usina termo elétrica movida pelo carvão fruto do lixo doméstico. Junto aos técnicos da Cemig nossos idealizadores encontram a acolhida necessária e a futura energia já está negociada e será jogada no sistema, OS, via conta Cemig.

Se os nossos políticos Unaienses brigassem menos e juntos buscassem soluções para o bem de nosso povo veriam que o novo não pode ser fruto de deboche e chacota, que nossos estudiosos e empreenderes não podem ser chamados de lunáticos e aventureiros. Infelizmente em Unaí em 2008 o novo não venceu. O novo não é apenas cronológico, é o enfoque, é a visão de mundo, é na maneira de se relacionar, na maneira de buscar as soluções, no retorno ao povo o que é do povo.