2011 chegou, e agora?

O grande ano de 2010 se foi e junto um grande presidente; olhamos para tráz e vemos grandes realizações em todos os setores da vida do país e da sociedade. Em 2010 garantimos a continuidade das grandes transformações que vivenciamos, passamos por uma eleição das mais complicada do ponto de vista programático, onde questões extra eleitoral predominou mas não fez a cabeça do povão. Apenas recrudeceu o preconceito, o ódio e a xonofobia.

Para Unaí, esperamos que 2011 seja importante do ponto de vista estratégico no que concerne a preparação para 2012. Em comentários em outras postagens a amiga Claudia tem reclamado deste Blog análises sobre a importância do poder legislativo para a qualidade da vida administrativa de Unaí. Concordo em gênero, número e grau com a sua preocupação.  Como tenho sido um dos pretendentes àquele assento, fica parecendo que estou advogando em causa própria. 

Entre ter um Legislativo ruim e um Executivo bom, prefiro um bom Lgislativo e um bom Executivo. É difícil ter um bom andamento executivo sem um bom legislativo, sem boas preposições, boas idéias, bons debates e um necessário amadurecimento das mudanças gestadas no legislativo. Vamos concordar com uma coisa: todo prefeito, governador e presidente gastam de um legislativo fraco e subserviente. A pior situação é quando a maioria do legislativo deve sua eleição ao chefe do executivo. Outra situação degradante é quando os partidos não colocam seus melhores quadros à disposição da sociedade para concorrer a uma vaga no legislativo. 

Em Unaí é grave a qualidade representativa de nossos vereadores; você pode argumentar que o que temos é a cara da sociedade. Mas não é verdade. Em todos os partidos de Unaí há nomes melhores dos que os que tem sido disponibilizados à sociedade nas eleições. Muitas das vezes a culpa são destas personalidades que acham ser algo menor servir o município na qualidade de vereador; ser vereador é uma função para seus empregados e prepostos. 

Um conjunto de bons Vereadores  é talvez mais significativo do que um bom Prefeito, no executivo há uma rotina administrativa, uma máquina que toca a administração no piloto automático, é só o prefeito não atrapalhar o curso natural da burocracia; a maioria das receitas são vinculadas, carimbadas, todas têm seu destino definido; o tal prefeito só não pode cometer o desatino de usar as receitas de capitais para fazer face às despesas correntes. Aí o Tribunal de Contas pega e o Legislativo não aprova as contas. Será que a maioria de nossos Vereadores estão tecnicamente preparados para acompanhar a execução orçamentária dentro de todos seus meandros legais e em condições políticas de sustentar na prática a autonomia dos poderes?

O executivo está amarrado nos fatores legais e orçamentário, por tanto não devemos esperar deste poder as grandes idéias políticas e administrativas. Fazem o básico, feijão com arroz, e não gostam de ser incomodados. O Legislativo não, não há nesta casa de leis estas limitações, é uma casa política e de discussões do novo, do ideal, é lá que se visualiza o longo prazo e exige do executivo novos comportamentos tanto ético como se relacionar com a sociedade.

Quando há um relacionamento harmonioso e de respeito todos têm muito a ganhar. O Legislativo não exite para atazanar a vida do executivo e nem o executivo existe para aniquilar o legislativo; se ambos os poderes tiverem em mente o bem estar do município  e seu povo e deixando de lado as picuínhas políticas e seus egos inchados, tudo pode caminhar rumo ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social de seu povo.

Obs: saio de férias este mês, estarei em Aracaju nos primeiros dias e depois irei para Itacaré, BA. Caso vc esteja por lá também e queira pagar uma rodada de camarão para este receiro de Palmeirinha é só me ligar.